Top 228 - A Conversação (The Conversation, 1974) -

" - Quem nunca teve a sensação de estar sendo seguido ou observado? E se isso fosse verdade e a privacidade nada além de algo sempre prestes a ser invadida? Nossa equipe entrou nessa onda de espionagem e revela toda a sua paranóia após assistir a esse ótimo longa...”

* D i s t i n t i v o s *

Nota IMDB: 8,1. – Nossa Nota: 7,4.

1974, EUA – Suspense / Drama -
Diretor: Francis Ford Coppola – O Poderoso Chefão (1972), Apocalypse Now (1979), Drácula de Bram Stoker (1992).
Elenco: Gene Hackman, John Cazale, Allen Garfield, Harrison Ford.

Sinopse: um paranóico e isolado socialmente expert em segurança tem uma crise de consciência, quando suspeita que o casal que espionou será assassinado.

Não há nada que fazemos que possa ficar em segredo por muito tempo. E se essa já era a verdade em 1974, ano de lançamento deste filme, agora então nem se fala. Onde antes havia apenas câmeras, microfones, escutas telefônicas hoje temos orkut, twiter, msn, celular, satélites, chips... Enfim, privacidade zero.

Porém, se antes isso era um total incomodo atualmente, para muitos, tornou-se uma necessidade vital e “morreriam” se não tivessem milhares de “seguidores”. Mas, de fato, a quem pode interessar o que fazemos, falamos ou como vivemos? Esta é uma das perguntas chaves desta grandiosa obra. E que maneira seria melhor para desvendar esses mistérios do que usando o artificio de mergulhar fundo no drama de um especialista em sistemas de escuta e espionagem?

Harry Caul (Gene Hackman) é um profissional que apenas quer realizar da melhor forma possível seu trabalho, sem maiores envolvimentos pessoais, pois é constantemente atormentado pelo seu passado. Isso o faz um homem fechado e problemático, que preserva-se em uma vida vazia, sem permitir que ninguém se aproxime nem questione seus atos. Um trabalho com resultados ambíguos faz ele entrar em um abismo de desespero e angústia, que aumentam ainda mais seus conflitos internos, tomando proporções terríveis.

Ossos do Ofício...

A construção perfeita do personagem, com uma historia muito bem elaborada e uma direção livre de falhas, graças a maestria de Coppola, nos faz acreditar, participar e se frustrar juntamente com o protagonista.

A conversação é uma obra impecável em seus detalhes, inteligente, realista, atual e intensa em toda sua melancolia. A trilha sonora, o roteiro e as interpretações perfeitas conseguem superar o ritmo lento que lhe é predominante, tornando uma questão de tempo para que o espectador esteja completamente envolvido na trama e comovido com sua sutileza. Excelente, com uma carga psicológica grande e um final surpreendente.

Merece estar no Top 250? Uma obra que consegue manter-se atual mesmo com tantos avanços tecnológicos e serviu de inspiração para vários outros filmes sobre privacidade merece estar no Top. Devo admitir a vocês que entendo perfeitamente o drama vivido por Harry, afinal ser uma heroína famosa com o mundo todo lhe observando requer muito autocontrole para não acabar assim como ele: fugindo na solidão...

Nota: 7,5 – por Mulher-Gavião.

- Enquanto isso, na sala da Liga Nerd IMDB...

“- Filme interessante, com uma temática diferente que me agradou, mas não chegou a me cativar. Confesso que uma obra com um título tão pomposo, assinada por Francis Ford Copolla, protagonizada por Gene Hackman e figurando no Top 250, deixou minha expectativa elevada, sem ser recompensada após o seu término. O longa tem como único ponto positivo contundente, uma certa reviravolta no final que nem chega a ser tão impressionante assim para um espectador mais assíduo ao cinema. A Conversação talvez tenha perdido seu glamour ao longo do tempo e, pelo que vi, é apenas um filme, apesar de agradável, mediano; recomendado apenas pra quem aprecia obras da década de 70.”

Nota: 6,9 – Super-Homem.
 

"- Um intrincado suspense sobre o poder e malefícios que a informação traz quando usada de forma a obter vantagens e punir as pessoas, tem um clima pesado e paranóico, e um competente trabalho de direção. Incrivelmente visionária para a época (devido o caso Watergate), tem um forte personagem protagonista, com o exímio Gene Hackman vivendo de forma impecável uma crise de consciência que acaba destruindo sua lucidez e racionalidade.

Poucas vezes vi uma edição de som colaborar tanto pra contar uma história: entre pedaços da conversa gravada temos uma série de ruídos e barulhos às vezes desconexos, ficamos na mesma situação do especialista em som da trama, descobrindo apenas nos últimos minutos do que se trata afinal toda aquela situação. Pena que o filme pareça um tanto datado hoje em dia, devido a sua tecnologia obsoleta e falta de visão sobre o que aconteceria com a questão da privacidade num futuro próximo.”

Nota: 7,5 - por Batman.
 

“- Francis Ford Coppola mais uma vez mostra por que é respeitado no mundo cinematográfico. Achei o filme muito bom, pois aborda um tema que até hoje é motivo de neuroses de grande parte da população, a duvida sobre termos ou não privacidade. Será que nossos emails são analisados? Será que nossas conversas são gravadas? Será que o governo americano realmente rastreia palavras chaves na internet?

Teorias de conspiração à parte, Gene Hackman vive com intensidade o papel do obcecado Harry Caul, detetive especialista em captar conversas alheias. O filme apresenta uma dinâmica interessante, pois deixa que o espectador fique sempre na duvida e imaginando qual será a próxima descoberta, tentando juntar as pistas para saber se as decisões que o protagonista tomou foram acertadas ou não.

Infelizmente, algumas partes chatas e que parecem não ter fim, tiram um pouco do brilho da obra. Nada porém que o desabone, pois seu final surpreendente deixa viva a pergunta: será que estamos sós quando temos a certeza de que estamos sós?”

Nota: 7,5 – Lanterna Verde.

“- Está aí um ótimo filme de suspense escrito e dirigido por nada mais, nada menos, que Francis Ford Coppola. A obra conseguiu me deixar intrigado junto ao personagem, cada vez que ele ia descobrindo mais detalhes sobre a trama em que se envolvia.

Gosto de filmes assim, onde te dá a impressão que a qualquer momento possa acontecer algo. E o diretor foi muito feliz em conseguir criar um clima sério de suspense, me deixando aflito até a revelação final. Gostei bastante, principalmente do clímax.”

Nota: 8,0 – Aquaman.

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