Top 231 - Barry Lyndon (1975) -

" - Criançada, todos prontos para embarcar na carruagem do titio Stanley Kubrick e descobrir um belo conto de fadas completamente amoral? Ótimo, clique aqui e bom passeio!”

* D i s t i n t i v o s *

Nota IMDB: 8,0. – Nossa Nota: 7,9.

1975, EUA - Drama / Aventura / Épico -
Diretor: Stanley Kubrick – 2001: Uma Odisséia no Espaço (1668), Laranja Mecânica (1971), O Iluminado (1980).
Elenco: Ryan O’Neal, Marisa Berenson, Patrick Magee, Hardy Krüger.

Sinopse: um errante irlandês ganha o coração de uma rica viuva e assume a posição de seu marido morto na aristocracia do século 18.

Era uma vez um diretor com um talento sem comparação em toda a história do cinema: Stanley Kubrick. Com uma criatividade única e evidente paixão pela sétima arte, ele poderia confortavelmente ser tachado como gênio sem riscos, se dirigisse apenas dramas formulaicos, como muitos dos seus consagrados colegas.

Porém, esse titio era tinhoso: ele decidiu fazer filmes de gênero, também. E entregou uma obra-prima para cada estilo visitado! Olha só: 2001, Uma Odisséia no Espaço (Ficção-Científica), O Iluminado (terror), Spartacus (épico romano), Dr. Strangelove (comédia)... A lista é igual a sua carreira!

Sim, o titio Batman é fã incondicional desse mestre. E Barry Lyndon é mais um filme incrível feito por ele!

Contando as desventuras de um anti-herói sem a mínima moral, vivemos junto com ele na época pré-vitoriana, em uma estória dividida em dois atos: no primeiro, acompanhamos sua ascensão em meio a duelos, guerras, golpes e amores frustrados. Já no segundo, assistimos a sua queda gradual, ocasionada pela sua vaidade sem limites.

"Se você estragar o meu
cabelo, te mato!"

Apesar de ser personagem cheio de defeitos, a boa interpretação de Ryan O’Neal torna o personagem humano na medida certa, e acabamos compactuando com as suas tentativas de ascender socialmente, mesmo que isso custe a felicidade dos que o cercam.

Tudo isso pontuado por uma ironia que acrescenta muita comicidade ao filme, e cria cenas antológicas, como a de quando nosso herói é roubado pelo ladrão mais educado do mundo, desconstruindo a noção de etiqueta e afetamento presente em todo esse período histórico. Sensacional!

Com ritmo lento, sem pressa, o filme foi revolucionário com seu uso de luzes naturais, que transformam a sua fotografia em algo muito especial. Também vale citar as roupas de época, numa recriação extraordinária.”

Merece estar no TOP 250 IMDB? “De todas as obras citadas, é a menor delas. Mas não é uma comparação justa, pois fica mesmo assim muito além de outros filmes de mesma temática. Kubrick era um gênio, e mesmo que quisesse não conseguiria fazer algo diferente de maravilhoso. Quem assistir aos seus filmes e souber apreciar o seu trabalho, como num bom conto de fadas, viverá feliz para sempre...”

Nota: 8,0 – por Batman.

- Enquanto isso, na sala da Liga Nerd IMDB...

“- Adorei a fotografia desse filme, paisagens lindas, dando a impressão que a idéia de Stanley Kubrick era fazer uma pintura em cada cena, em movimento. Destaca-se também a trilha sonora que climatiza o universo quase sempre imprevisível do personagem principal (algo que nunca falta em uma obra do diretor). E o que falar sobre Ryan O’Neal, que interpretou de maneira convincente Barry Lyndon? Não considero um ator muito carismático, mas acho que o cara foi bem, pois ele fez com que eu me identificasse com o personagem até a metade da trama (por toda a “bizarrice” que enfrentou) e passar a odiá-lo da metade ao final (por tudo que ele acabou aprontando).

Pena que o filme é constante num ritmo lento, pedindo na maioria das vezes um pouco mais de ação para quebrar essa levada. Mesmo que a obra seja interessante ao longo de suas três horas de duração, não está entre os melhores trabalhos de Kubrick, na minha opinião.”

Nota: 7,0 – Aquaman.

“- Barry Lyndon é bom pelo resultado obtido na parte técnica e artística, os cenários são exuberantes e contam com uma fotografia excelente. O fato de ser narrado também foi uma ótima sacada.

Não posso deixar de comentar sobre os atores, sempre pálidos e muito bem vestidos. Quero salientar a grande atuação de Ryan O'Neal que de forma magistral viveu a vida do protagonista, transportando para o meu coração cada uma de suas intenções. Quando o personagem sofria senti pena e vontade de ajudar, quando se divertia, senti o prazer em suas realizações e a excitação de cada sonho ou aventura sua.

O diretor Stanley Kubrick foi felicíssimo ao fazer esta obra. Acertou em cheio na escolha do elenco e nos locais para as filmagens. Infelizmente, as quase três horas de duração, tornam a obra um pouco cansativa, fazendo com que em alguns momentos eu perdesse o foco da história ou do que estava sendo contado. “

Nota: 7,5 – Lanterna Verde.

“- Simplesmente apaixonante. A fotografia e o figurino são maravilhosos e não preciso nem dizer que a direção de Stanley Kubrick está perfeita.

O filme é dividido em duas partes que deixam claro tratar-se de etapas completamente diferentes da vida de Barry Lyndon: primeiramente sua ascensão e posteriormente seu declínio social. A estória é ótima e ao longo do filme me deparei com diversos sentimentos com relação ao personagem principal, pois em alguns momentos é tudo tão triste e a vida dele é tão deprimente que dá dó do pobre homem, porem em outros senti vontade de entrar pela televisão e espanca-lo com meu Bastão de Azackoc de tanta repugnância e antipatia que seus atos me fizeram sentir.

Um filme que tem o poder de levar o espectador numa viagem por uma época diferente com tanto brilhantismo e beleza como este merece ser admirado e adorado, e eu virei fã desta obra!”

Nota: 8,5 - Mulher-Gavião.

“- Gosto de filmes que tenham como pano de fundo um contexto histórico, mas não posso dizer ao certo se esse longa conseguiu me cativar tanto quanto eu esperava. Se no inicio do filme o personagem era alguém que tínhamos grande simpatia, no final, perdemos quase que completamente a identificação com ele, devido à mudança de comportamento no transcorrer de sua vida, o que nos faz sentir um certo desencantamento.

Barry Lyndon não traz nenhuma grande atuação, apesar de criar momentos muito interessantes. Destacam-se principalmente a preciosidade de querer retratar bem a época e a bela fotográfia, esta última bem perceptível ao notar-se uma momentânea falta de ação de personagens para visualizar melhor esse trabalho, quase como se fosse uma pintura.

Considero um filme mediano de Kubrick, apesar de ter gostado e ser muito bem produzido.“

Nota: 7,7 – Super-Homem.

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