segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Top 217 - Festim Diabólico (Rope, 1948) -

Festim Diabólico (Rope, 1948)

" - Esse é o jantar mais importante da história do cinema. Entre um drink e outro, muitas dissimulações e uma trama diabólica compõem o festim. Você seria louco de perder uma festa dessas? Pegue seu convite conosco, clique abaixo e aproveite, mas tente se manter vivo!


Superação: mesmo com todas as dificuldades do mundo, o filme ficou ótimo.Supremacia Técnica: esse filme é tecnicamente impressionante.Estrela: um dos artistas carrega o filme nas costas.Na Mosca: nem um segundo a mais, nem um a menos, esse filme tem o tamanho exato que deveria ter.

Nota IMDB: 8,1.Nossa Nota: 7,7.

1948, EUA - Suspense - Clique para visitar o IMDB desse filme:
Diretor: Alfred HitchcockJanela Indiscreta (1954), Um Corpo Que Cai (1958), Psicose (1960).
Elenco: James Stewart, Joan Chandler, John Dall, Farley Granger.

Sinopse: dois jovens estrangulam um colega que eles consideram "inferior", escondem o seu corpo num baú localizado na sala do seu apartamento e convidam amigos e familiares, para desafiar a perfeição do crime.

Aquaman - Leo FeckBaseado em uma história verídica de Nathan Leopold e Richard Loeb, o filme apresenta esses dois estudantes universitários que resolveram assassinar um de seus colegas só porque o julgavam inferior. Escondendo o cadáver num baú, tomam como uma arte pôr a mesa do jantar sobre o ex-colega. Brindando de maneira inovadora esse longa que no mínimo é interessante, temos o diretor considerado mestre do suspense cinematográfico: Alfred Hitchcock.
O diretor tinha como idéia original filmar tudo em uma única tomada (o que seria um desafio a mais), mas como cada rolo possuía em média 8 minutos, foi preciso utilizar algumas técnicas em determinadas partes para suavizar o corte de cada cena (uma idéia genial).
Para tudo isso ser feito, cadeiras não foram utilizadas para facilitar o trânsito da enorme câmera usada. Porém, como principal requisito para o êxito da obra, foi preciso que os talentos individuais do elenco fossem explorados, afim de tudo dar certo. O resultado está aí...

Festim Diabólico (Rope, 1948)
"- Elementar, meu caro... Ah não,
esse é outro personagem!"
Como o grande destaque do filme, não poderia ser outra pessoa do que James Stewart. O cara nos apresentou um professor de filosofia intelectual, o único que poderia desvendar a loucura tramada pela “dupla dinâmica”. Mesmo que possua vários pontos interessantes e positivos, como os citados até agora, não senti um suspense crescente que me fizesse ficar aflito e ansiar o término da ceia, tão pouco me surpreendi pelo final, que em minha opinião, faltou um tempero um pouquinho mais saboroso que me deixasse realmente satisfeito...
 
Merece estar no TOP 250? Infelizmente não. Acredito que essa obra não seja a melhor representação de Hitchcock, pois não fiquei apreensivo com o suspense. Em sua filmografia, ele tem longas que transmitem melhor essa atmosfera que lhe renderam, no mundo cinematográfico, o título de mestre...
Nota: 7,0 Aquaman *

* Atenção: texto original do colaborador, sem revisão editorial. Com essa resenha, Leo Feck, o Aquaman, se despede do projeto. A Liga Nerd deseja boa sorte pra ele.
       
- Enquanto isso, na sala da Liga Nerd IMDB...


Batman - Aparício Neto"- Sim, leitor, eu também me revolto com algumas coisas que leio nesse blog. E poucas vezes foram mais tristes que ver a nota final que Festim Diabólico ficou. Mas tudo bem, democracia é isso: todo mundo tem voz. Até quem, as vezes, não tem muita coisa pra falar.
Se você quer só “assistir a um filme”, procure outro pra ver. Aqui temos uma aula de cinema, a invenção de um gênero chamado suspense. Com uma habilidade impressionante no domínio da câmera, marcação dos atores, iluminação, cenário e a montagem (que, de tão sensacional, parece não existir), Hitchcock marca sua estréia no top 250 arrebentando a porta. Ninguém é capaz de contar uma história como ele.
Não me entendam mal na primeira frase: temos aqui uma obra que, além de obrigatória e definitiva, é muito divertida, tensa, inesperada e a frente do seu tempo. Porém, é tão mais que isso, que olhar apenas pra se divertir é um pecado passível de uma visita minha, violenta e sangrenta, pra ver se consigo abrir a cabeça do infeliz que não sabe reconhecer uma obra de arte quando tem uma em frente. Aprendi muito com o mestre sobre como causar medo na bandidagem de Gotham...”
Nota: 9,0 - Batman.

Mulher-Gavião - Daya Ambos"- Após assistir este filme posso finalmente dizer que entendo completamente todos os que chamam Hitchcock de gênio. E passo a fazer parte deste grupo. Sinceramente não sei bem o que dizer, alem de ressaltar que a historia é excelente, as atuações incríveis e a direção está tão perfeita, tão cuidadosa e detalhista, com tanta maestria que nos deixa num estado de tensão crescente até o clímax final.
Os diálogos envolvem de uma forma única, mesmo que já saibamos desde o começo quem são os verdadeiros culpados. Se eu tivesse um professor como o inteligentíssimo Rupert nunca me arriscaria a fazer nada de errado, afinal somente na maneira de olhar ele já me faria confessar até o que nunca pensei em fazer!”
Nota: 8,0 - Mulher-Gavião.

Super-Homem - Leandro Avila"- Apesar de conhecer de nome, poucas foram as obras de Hitchcock que assisti. Desta forma, a jornada de ver os filmes do Top está sendo uma ótima oportunidade para conhecer o legado do diretor.
Festim Diabólico tem a premissa do “crime perfeito” onde os criminosos se julgam acima das leis mundanas e, apesar de macabro, é uma realidade social, pois temos casos reais recentes como referência.
O longa possui uma trama que facilmente podemos prever, apenas aguardamos para saber de que forma a história irá se desenrolar. O que mais apreciei foi à super-presença de James Stewart (que virei fã) e a perícia técnica em que é conduzido pelo Mestre do Suspense. Um bom filme.”
Nota: 6,9 Super-Homem. 

Lanterna Verde - Gustavo Paranhos"- Foi muito legal assistir mais uma obra de Alfred Hitchcock, e o filme é genial. A trama relativamente simples nos prende por querermos saber até onde uma mentira e a cara de pau dos protagonistas podem ser levadas com serenidade.
Engraçado escrever este comentário, sendo que escrevi um anteriormente reclamando de outra obra ser muito cansativa de assistir por ser um filme rodado quase 100% num mesmo ambiente. Bem, este, se passa 101% no mesmo local e em momento algum isso foi problema. A dinâmica aplicada foi excelente, o posicionamento da câmera não atrapalhou a atuação, enfim, eu tiraria o chapéu (se usa-se um) para o renomado diretor, pois esses são pequenos detalhes que fazem toda a diferença.”
Nota: 7,8 Lanterna Verde.


Assista também:

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17 comentários:

  1. Fiquei surpreso com a nota final da liga, achei que ia ser maior! Rsrsrs, mas beleza.

    SENSACIONAL
    Até hoje nunca tinha me interessado em assistir esse filme mas criei coragem. Preciso me autoflagelar por não ter visto antes.

    Que suspense, que interpretações, principalmente do James Stewart e John Dall (Rupert e Brandon respectivamente). Tudo é perfeitamente executado e mesmo em um pequeno apartamento muitas coisas se desenrolam. A prova mais contundente que não precisa de muita coisa pra fazer um baita filme, apenas TALENTO dos envolvidos, essa é Festim Diabólico.

    A cena quase final em que Rupert descreve como teria sido a captura e morte do David é sensacional, se fosse hoje em dia, iriam passar a cena em Flasback com detalhes, as invés disso, Hitchcock fez com que todos imaginassem a cena com o passar da camêra, isso é que difere mestres de alunos.

    Quem ainda não assistiu, corra e veja!
    Abraços

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  2. Acho legais as frases e referências de duplo sentido que servem meio que como pistas aos demais convidados.

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  3. Gostei muito deste filme. Hitchcock conseguiu nos envolver na trama do início ao fim. Sem muita enrolação, direto ao ponto sempre com seu jeito de fazer suspense que faz todos repensarem alguns conceitos sobre o cinema. Desta vez, Hitcock me fez refletir sobre a inteligência humana, sobre o "ser superior", o super-homem. Muito bom mesmo. Sem falar na brilhante atuação de James Stewart.

    Nota 8,5.

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  4. Hitchcock é o cara! Mesmo seus filmes mais fraquinhos são BEM acima da média. Mas Festim Diabólico é TOP. Merece fazer parte de qualquer lista.

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  5. Esse lance de ser superior e inferior se não me engano acontece também com Raskolnikov no livro Crime e Castigo

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  6. Pior que não Daya, nem é o caso do professor ser inteligente... ele é o Walter Mercado mesmo, pois só isso explica o fato de ele pisar na festa, já sabendo que tem algo de errado, e conseguir desvendar todos os detalhes do assassinato, apenas porque ele "desconfia" que existe algo de errado.

    Mas não to querendo causar. Eu gostei do filme. Mas não, não me peçam pra engolir tudo goela abaixo, sem pensar racionalmente, só porque é um filme do Hitchcock.

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  7. Régis:

    Olá! O professor magistralmente vivido por James Stewart não chega "adivinhando" nada. Ele é um puta observador, que conhece ha anos a dupla homossexual que cometeu o crime. Sabe da fixação em superioridade de um deles, e de como o outro é influenciável e manipulável. Além de abertamente compreender a relação de afetuosidade agressiva que eles compartilham, numa disputa pela condição alfa da relação.
    Ele também repara que há uma palpável tensão no ar e que continuadamente a dupla emite pistas, como que pedindo que alguém os desafie para o jogo. Algo bem incomum num frugal jantar com convidados.
    Isso somado ao estranho e suspeito sumiço do seu aluno predileto, fazem com que ele comece a ligar os pontos.
    Não tem nada então de prestidigitação, apenas a mais pura tradição dos romances policiais, que o MESTRE vai utilizar novamente em diversos clássicos, e já havia citado antes em Shadow of a Doubt ou Suspicion, por exemplo. A tradição de Sherlock Holmes, Hercule Poirot ou Maigret, pra ficar nos mais populares.

    Cinema, como arte, é mágia, fantasia e encantamento. Não verossimilhança extrema. Isso fica reservado aos bons documentários e bons noticiários de teve. De qualquer forma, a construção do filme é satisfatória o suficiente para não merecer a injustiça de ser considerada injustificada. Acompanho os teus comentários e vejo que tens uma certa revolta com o cinema mais antigo, pela aura de incriticável. Mas, pra que isso também se justifique, não podes simplesmente citar o motivo como "os filmes não eram reais" ou, pior ainda, que essa "obrigação" que tu acha que as pessoas tem de achar bom só porque é clássico é que faz o filme ser elogiado.
    Eventualmente, isso acontece, concordo contigo. Mas tão errado quanto fazer isso, não ser sincero com o que se acha, é achar que tudo o que ganhou esse status de clássico imortal foi por uma "sorte" do destino, ou uma simples onda de influência e muita falta de personalidade.

    Leva em consideração que essa visão maniqueísta pode te cegar e não deixar perceber algo as vezes muito óbvio: o status, normalmente, vem pelo fato do mais brilhante e puro talento, como o que vemos nesse filme.

    Grande abraço, meu novo companheiro de Liga!!!

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  8. Então, indo por partes, Batman.

    Não é o caso de exigir verossimilhança extrema. Meus filmes favoritos são dramas, situados no "mundo real", com personagens reais, e que se utilizam de "fantasia" (falta de palavra melhor) para melhor expor seus argumentos. Me refiro a "Angels in America" e "Eternal sunshine".
    Eu só acho que em certos casos, ainda mais em filmes como estes, onde são exatamentes pequenos fatos que fazem toda uma diferença, certos aspectos não podem simplesmente ser ignorados.
    Um dos meus grandes problemas com filmes e livros de mistério, é a facilidade com que os "detetives" em questão (e por detetives, me refiro a qualquer chinelo que esteja investigando o mistério em questão) aceitam palpites como verdades absolutas.
    Um exemplo: digamos que um tal detetive, chegue na casa onde ocorreu uma assassinato. O morto está no chão, com um tiro na cabeça, e a mulher chora copiosamente. Depois da avaliação do local, e a versão da mulher dizer que foi um ladrão que entrou e matou o marido, o detetive resolve ir mais a fundo, e olhar novamente a cena do crime. Nesta segunda incursão, ele percebe um fio de cabelo masculino, no armário, e a partir dai ele já elabora a teoria de que a mulher tem um amante, e com a ajuda dele matou o marido, pra ficar com a herança. E no fim das contas, é sempre assim.
    Tu entendeu onde quero chegar? Este tipo de filme, pega situações que podem ser analisadas de 387 ângulos diferentes, mas eles simplesmente dispensam todas elas, e no fim das contas, fica a idéia de que a história é genial e blá, blá, blá... Tipo, o fio não poderia ser do irmão que veio visitar a irmã, não poderia ser de uma criança da vizinha, que arteira do jeito que é, resolveu mexer no armário da mulher. Não poderia ser do marceneiro que veio arrumar a porta do closet... TEM QUE SER DO AMANTE.
    Eu sei que meu exemplo foi pobre, mas tive de inventar um aqui na hora. Mas com tempo, posso lembrar de vários outros tão díspares quanto.
    Dai chega um Régis da vida, e resolve dizer "Pera ai, vamo para com a putaria, e analisar isso aqui um pouquinho melhor. Quer dizer que ele pegou uma coisa no ar, transformou em uma verdade absoluta, e do nada, foi exatamente isso que aconteceu?" Festim diabólico segue este caminho.
    Como você disse, é parte do joguinho dos dois "amigos" e do professor... mas cara, eu preciso pensar racionalmente em certos casos, e não simplesmente engolir tudo como o filme me expõe. Não é querer ser chato, não é pra criticar o filme só por criticar. é porque aquilo realmente me incomoda.


    Vou no entanto te dar crédito, quanto ao meu "pequeno problema" em aceitar "clássicos". Mas você sabe que meu problema nem é tanto este. Meu problema é quando as pessoas exageram muito, com filmes que são clássicos, e ignoram os defeitos. Repito, eu próprio gostei do "Festim", mas eu preciso dizer que eu não achei assim tão sublime, assim tão perfeito. Eu encontrei erros, que a meu ver, são muito grandes para serem apenas deixados de lado.

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  9. Alguns dias atrás eu conversando com você te dei o exemplo do "Psicose". No final do filme, existe um narrador esmiuçando toda a história do filme, contando detalhe por detalhe o final do filme, o que levou o Bates a fazer o que fez, e blá, blá, blá... e dai porque é um filme do Hitchcock, o filme tá lá nas primeiras posições do Top, e todo mundo diz que o filme é perfeito, sem falhas.
    Agora, bota neguinho novato ai, dirigir um suspence, e te dar as coisas mastigadas pra ti ver se cinéfilos e crítica não vão cair me peso em cima do coitado, dizendo que "o medíocre diretor, insulta nossa inteligência ao esmiuçar o roteiro para o público, subestimando nossa capacidade de pensar por conta própria". É ou não é verdade?

    Meu problema não é endeusarem os clássicos. É simplesmente, não reconhecerem que estes filmes tem falhas. Que eles são importante pra história do cinema, que eles influenciaram milhares de outros filmes, que o cinema não seria o mesmo sem eles... EU CONCORDO. Só não concordo com a idéia de que por ser clássico, o filme não tem erros, ou que é a coisa mais inteligente da face da Terra, e que tudo que veio depois fica aquém deles.

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  10. Aêêê! ... finalmente o primeiro pega-pra-capá do blog!! uhuh!! ... vamos por partes...

    Sobre o filme:

    não é dos meus prediletos do Hitch. Acho um importante exercício de estilo, com aqueles planos longuíssimos de mais de 10 minutos, disfarçando os cortes com sombras, passando pelas costas dos personagens, etc... e aqueles travellings narrativos que a câmera se desprende de narrar a ação, ganhando vida própria, e talz...

    Mas no geral o próprio Hitch iria usar essas "inovações estéticas" com muito mais qualidade em seus outros filmes... Janela Indiscreta, por exemplo...

    Sobre a discussão:

    Apesar de não amar o filme como o Aparício, acho que o Régis tá sim buscando verossimilhança onde não tem que existir... exigir que o filme, e seus personagens, tenham qualquer apego à lógica da vida real é besteira... principalmente no cinema do Hitchcock que sempre, seeeeempre cagou e andou para a verossimilhança...

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  11. Régis:

    Pois é, entendo que tu prefira outros estilos, etc... pois te considera muito racional. Porém, até no exemplo que tu usaste, tu está desobedecendo a tua própria premissa: afinal, o que é racionalidade?

    Se um detetive chegar em um lugar e optar pelo óbvio, não há mais razão de se investigar nada. E isso serve para qualquer área profissional: até hoje fariamos pajelanças para curar alguém que está com uma pneumonia, porque, aparentemente os "Deuses" quiseram assim!!!
    Então, graças a racionalidade que sempre se questiona alguma coisa, e não o contrário. Se tu tem uma cena de crime aonde um fio de cabelo não se encaixa na teoria geral, é preciso descobrir o porque antes de ACEITAR A TEORIA GERAL. E sim, um cientista tem que considerar que a teoria geral está sempre errada antes de provada. Tirar todos os "podem ser" do caminho.
    Agora, a sétima arte tem como missão principal divertir e, dentro disso, a decisão do culpado vai seguir a regra de ser sempre a mais interessante, certo? E o marceneiro que foi lá não me parece a que melhor obedece essa regra.

    Mas, como tu bem assinalou, o exemplo é pobre, e muito pobre. Porque não é o que ocorre no filme, está mais para o que ocorre nesses filmes bagaceiros e mil seriados de televisão sobre o tema. Inclusive, os parei de assistir, porque também julgo uma porcaria mal feita. Nada tem a ver com o que estamos falando aqui.

    Como eu falei na resposta anterior, haviam muitos e muitos motivos pro CATEDRÁTICO DE FILOSOFIA DE UMA DAS MELHORES UNIVERSIDADES DO MUNDO (ou seja, não era um pedreiro nem um vendedor de pipocas, era uma pessoa que passou a vida pensando e ensinando a pensar!!!), intímo conhecedor de todos os presentes, desconfiasse de algo.
    E isso é corriqueiro na nossa vida. Chega para o cônjuge e pergunta: "o que tu fez hoje à tarde, my love?" - se a pessoa tremer os olhos, o teu James Stewart já vai vir à tona! É ou não é?

    Logicamente, o fator inovação vai ser algo incensado pela crítica. Vir agora um cara fazer a mesma coisa que alguém do passado já fez, mesmo que tenha suas "qualidades", é algo que já aconteceu e tem menos valor. O pensamento correto é porque ninguém antes do MESTRE fez aquilo?
    Porque senão, o MESTRE citado teria outro nome, correto? Vir alguém agora e fazer a mesma coisa pode gerar outro ótimo filme, mas ter o mesmo valor, não vai ter. A não ser que ele inove, surpreenda ou emocione em igual teor, que faça as pessoas se apaixonarem pelo filme. Daí, temos uma chance de ver um novo clássico.

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  12. Então, não falo aqui de amor ao filme, mesmo amando ele: falo só que tens o direito de achar o que tu quiser, mas coisas dessa praia estão no campo do entendimento do que assistiu, e não no do "gostei ou não". Se tu tivesse chegado e falado achei chato, achei monótono, achei as atuações fracas, por exemplo, seriam questões pessoais: não curto o gênero, não curti o ritmo ou gosto de atuações mais intensas (no caso, como nas novelas mexicanas). Beleza, isso é gosto pessoal. Eu respeito e se sentir alguma coisa, vou guardar pra mim.

    Mas, como falaste de uma suposta "falha" que não existe, vim aqui conversar contigo e, talvez, te mostrar as coisas por outro angulo. Uma coisa sempre bonita que também li nos teus comentários, e fez com que eu tivesse vontade de trabalhar contigo, foi as inumeras vezes em que falaste: vi de novo e, dessa vez, adorei. Isso significa um bom caráter, pois está disposto à aprender e evoluir, sem vergonha de admitir que a visão anterior era definitiva. Sendo assim, fica aqui o convite: talvez, se tu deres nova chance para alguns filmes, as tão decantadas "falhas" podem vir a se dissipar.
    E se isso não acontecer, podes pelo menos perceber melhor o porque daquele filme receber uma aclamação tão grande. Como fizeste com "O Tigre e o Dragão", por exemplo. Não há necessidade de perfeição, na arte, para algo se transformar em clássico eterno e parte importante da vida das pessoas. Evil Dead, um dos meus filmes favoritos, está aí para provar isso.

    E, assim como toda a unanimidade é burra, todos os pensamentos normativos também são. Se de modo geral o caboclo pode achar que tem razão porque essa norma representa a verdade algumas vezes, isso não vai acontecer sempre. Nem tão pro Norte, nem tão pro Sul, meu velho!
    Grande abraço;


    Bernardo:

    E aí, meu velho, como tu está!!!
    Pois é, cara, essa foi uma jogada de marketing da nova liga, pois o povo gosta de polemica, hahahahahahahaha
    Falando sério, valeu demais estar sempre aqui conosco. É muito bom ler as tuas opiniões, valeu a parceria!
    E graças a tí, estou correndo atrás de toda a carreira do John Ford... hahahahahaha
    Grande abraço!

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  13. Coé Aparício/Batman...

    Você sabe que sempre passo por aqui... evito comentar em filmes que não vi (que são muitos), mas gosto de meter o bedelho em polêmicas... sempre!

    Ford é mestre. Tão mestre quanto Hitch. Mas em linhas bem distintas. Quase opostas. To até amadurecendo um post sobre estas diferenças e como os dois, e suas visões, dão conta de quase tudo que veio depois e representa o cinema como conhecemos.

    Passando olho, só vi um Ford na lista do IMDB: Vinhas da Ira (1940). Belo filme. Mas pra você ter noção, num entra nem num Top 10 meu do diretor. Assim como Festim Diabólico com Hitch. Dizer o que de diretores como esses?

    Abs,

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  14. Alfred Hitchcock o que dizer sou fascinada por tudo que diz respeito a obra dele e esse filme concerteza esta na minha listinha seleta dos dez mais.

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  15. Esse filme deveria estar entre os 50 no IMDB no minimo, é uma obra prima do mestre Hitchcock

    E achei a nota da liga muito baixa também. Merecia pelo menos um 9 de média

    http://omundodoscinefilos.blogspot.com/

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  16. Isso aí pessoal...
    Hitchcock é um querido de todos, tem pelo menos 1 filme que vai agradar cada pessoa, por isso é um diretor tão bom... Pode ser que alguém não se agrade com algum, mas encontra-se outro melhor depois...

    Obrigado pelos comentários e um grande abraço

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  17. É um dos filmes que mais gosto do Hitchcock. Simples, porém genial!

    parabéns pelo blog :D

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