Top 205 - O Escafandro e a Borboleta (Le Scaphandre et le Papillon, 2007) -

 

"- Quando o corpo funciona como uma prisão e um olho é a única parte capaz de estabelecer comunicação com o mundo exterior, só um verdadeiro super-herói seria capaz de superar essa situação e transforma-la em uma lição de vida. Por sorte, Jean-Do era um membro honorário da Liga e você vai conhecê-lo agora!"

* D i s t i n t i v o s *

Nota IMDB: 8,0. – Nossa Nota: 8,3.

2007, França - Drama / Biografia -
Diretor: Julian Schnabel – Basquiat - Traços de Uma Vida (1996), Antes do Anoitecer (2000), Jean-Michel Basquiat: The Radiant Child (2010).
Elenco: Mathieu Amalric, Emmanuelle Seigner, Marie-Josée Croze, Anne Consigny.

Sinopse: A história real de editor da Elle, Jean-Dominique Bauby, que sofre um derrame e tem que viver num corpo em que somente seu olho não está completamente paralizado.

Jean-Do sofre um derrame, e ao acordar, encontra-se vítima de uma rara síndrome, que o deixa paralisado, sendo apenas capaz de respirar e mover o olho esquerdo. O filme é baseado em um livro homônimo lançado em 1997, e escrito por Jean-Dominic Bauby, o editor da venerada revista francesa Elle. O incrível é que foi escrito depois de ele ficar assim!

Divinamente interpretado pelo talentoso Mathieu Amalric, o protagonista está trancado como em um “escafandro”, com um corpo servindo de mero casulo para sua consciência. Com o passar do filme, ele sofre uma metamorfose perante o espectador. É bastante interessante a direção de Julian Schnabel, pois ele faz conosco o que aconteceu com o Jean real: nenhuma mobilidade no início, até o momento em que ele passa a se aceitar melhor e a borboleta rompe o casulo, dando a câmera uma liberdade, onde passamos a observar os acontecimentos de fora. Esse recurso foi muito bem empregado, possibilitando que nos coloquemos no lugar do personagem com muito mais facilidade, além de criar uma sensação de interatividade com o longa.

"- Morra de inveja, Stephen Hawking!"

A fotografia é incrível, além também da trilha sonora, com músicas muito bem escolhidas e tocadas nos momentos certos. Tudo foi extremamente ponderado a fim de criar uma experiência sinestésica inesquecível. Mas o mais importante é a mensagem, que é magnífica, pois O Escafandro e a Borboleta prova que as pessoas estão sujeitas a diversos tipos de acontecimentos na vida, mas que se deve seguir em frente e lutar, pois enquanto existe alguém acreditando na gente, a vida vale a pena. Agora, quando esse alguém somos nós mesmos, a chance de dar a volta por cima é muito maior.

 

Merece estar no TOP 250 IMDB? Sim, a obra é de uma qualidade impressionante. Roteiro, direção, elenco, trilha sonora e fotografia impecáveis. Além de ser um ótimo representante do atual cinema francês.

Nota: 8,5 - Ajax.

- Enquanto isso, na sala da Liga Nerd IMDB...

"- Alguns poucos filmes conseguem ser bem mais do que apenas momentos de diversão, entretenimento. Eles ocasionam uma mudança na vida do expectador, que nunca mais consegue ser o mesmo. E entre esses, menos ainda são os que fazem isso de uma maneira tão linda e singela, que o tempo todo vem à mente a expressão obra de arte...

Ver O Escafandro e a Borboleta é uma experiência única, tocante e emocionante, que te arrasa por dentro, mas te faz querer cada vez mais aproveitar a vida, independente dos problemas e dificuldades que ela te apresenta. E saber que o filme é fielmente baseado numa história real, transforma de vez nossa concepção sobre o que é realizar de verdade o seu trabalho na Terra. Difícil não embargar a minha voz mental enquanto penso nisso, principalmente pelo fato que normalmente falo mais dos quesitos técnicos e diretores que aprendo a respeitar. Porém, dessa vez, gostaria apenas de exaltar que o filme é excelente e obrigatório, acima de qualquer outra coisa.

Assista, mas preparado para mudar, porque a imagem do espelho amanhã poderá até ser conhecida. Já o seu olhar...”

Nota: 8,5 - Batman.

"- Belíssimo e emocionante, esses são os melhores adjetivos que consegui encontrar para esta obra. É difícil ver a fragilidade humana ser tratada de uma forma tão intensa e claustrofóbica. Claro que a maneira com que nos é apresentado o drama vivido pelo personagem nas cenas iniciais do longa aumenta ainda mais esta sensação de impotência e imobilidade, fazendo com que, de certa forma, nos sintamos um pouco na pele daquele pobre e moribundo homem.

Outro fator que pode exacerbar bastante a opinião dos espectadores é o fato de se tratar de algo verídico, e nesses casos fica muito mais intensa a emoção com o sofrimento, a dificuldade e a superação apresentados. Apesar de muito bem feito e das inúmeras qualidades que deixei de citar aqui, este continua sendo um filme de doença, assim como tantos outros, e certamente fará você chorar.

Mas não se apegue apenas as lagrimas e a bela e triste historia, há muito mais nas entrelinhas que não pode passar despercebido, sem que façamos ao menos uma rápida reflexão.”

Nota: 8,5 - Mulher-Gavião.

"- Eu estava preocupado se assistiria a um filme basicamente triste e deprimente, mas fui agradavelmente surpreendido com a forma delicada que é apresentada a tragédia. As cenas iniciais são impressionantes, mostrando bem a sensações de claustrofobia e impotência vivenciadas pelo personagem principal após o seu fatídico acidente.

Os desempenhos são excelentes, mas as verdadeiras estrelas aqui são o escritor e o diretor que conseguiram nos levar de forma tão realista e convincente ao mundo de Jean-Do, na sua tentativa reconstruir a sua vida e em até alguns lampejos de humor.

Como a história é baseada em um fato real, temos que ter em mente que os finais em casos como estes, nem sempre serão da maneira que desejamos...”

Nota: 7,8 – Super-Homem.

Assista também:

Tempo de Despertar	Mar Adentro	Viver

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